Hoje na sociedade a obsessão por aparência se tornou algo comum do cotidiano, podendo se traduzir em praticamente todas as esferas da vida.
O único motivo do consumismo ter subido tanto, é a necessidade de se mostrar cada vez mais por meios de status sociais.
A aparência precisa parecer perfeita diante do cenário social, por exemplo.
Alan Watts, filósofo dos anos 70 escreveu “Não vivemos em uma sociedade materialista, é muito pior: vivemos na sociedade de aparências”. O que significa que desde muito tempo atrás, as pessoas se preocupam muito mais com a aparência do que qualquer outra coisa.
Mal sabem elas que muitas vezes esse tipo de comportamento pode significar muito. Uma dor que muitas vezes não é reconhecida.
O que se mostra através da aparência perfeita pode haver um conflito interno muito grande. Uma insegurança que não se dá conta de administrar no mundo subjetivo e particular da mente.
O que se projeta para o mundo externo é parte desse sofrimento, sentimentos que a própria pessoa não está dando conta de lidar, e de certo modo é colocado para fora.
A busca pela aceitação da sociedade é um mecanismo de defesa criado para não enlouquecer, mas adoece.
Se eu não me aceito como eu sou, crio um personagem e fantasio com ele para ser aceito na sociedade.
A aprovação das pessoas reforça ainda mais esse tipo de comportamento, do objeto em si mesma que não se reconhece ainda na sua individualização.
Consumismo VS Aparência
O consumismo é tão forte em todo mundo que comprar uma roupa, por exemplo, já deixou de ser a muito tempo uma forma de necessidade. Hoje as pessoas querem aparecer nem que isso lhe custe caro.
Uma fantasia ao imaginário que leva a pessoa fazer qualquer coisa para ser aceita mediante a sociedade, o que importa para essas pessoas é imaginar o que irão pensar sobre elas.
A afirmação dos outros vira objeto de necessidade de reforço positivo.
Por isso que as dietas malucas, compras exorbitantes, pouco importa se farão mal para a saúde do corpo ou a saúde financeira, desde que comprem o bem-estar de terem a aprovação social.
Vivemos tempos onde as pessoas estão mais depressivas e os adolescentes ansiosos justamente pela falta de conhecimento que existe sobre si mesmas, podemos culpar a sociedade? Que estipulou um padrão de beleza, felicidade, corpo, de forma tão grande, que ninguém é feliz sem ter a validação de outras pessoas.
A verdade está faltando autoconhecimento no mundo. Tem um post muito interessante sobre esse assunto. Confira neste link.
Liberdade
Como já dizia Walt Whitman “Arranquem as próprias portas dos batentes”, como quem diz, liberte-se das amarras, arranquem o que os prende.
Viver de aparência só é possível quando se está de máscaras, mas é na intimidade que as pessoas sabem quem realmente são e sofrem pela falta de se enxergarem e aceitarem como são, e por essa razão não conseguem administrar a própria paz interior.
A sociedade de aparências plantou, semeou e colheu frutos da desigualdade e intolerância. Que não aceita, pessoas diferentes ou menos devotadas a aparência, excluindo-as. E quem sofre com isso é quem não está preparado para lidar com seu próprio eu.
Isso é tão comum, que virou um veneno quase imperceptível, uma doença que se enraíza, machuca e mata, milhares de pessoas, todos os anos. Uma escravidão das aparências, personagem que é escolhido meio aos filtros, os mais atraentes e chamativos, sempre!
É um ciclo, de incerteza, insegurança que gera muita depressão. Por isso, arranque a porta do batente, busque por autoconhecimento e liberte-se.
A terapia poderá ajudá-lo a solucionar questões inconscientes que geram determinados comportamentos na sociedade de aparências.