O século 21, com todas as suas inovações e a promessa de um futuro novo chegou. Mas os desejos de mudanças, infelizmente, ficaram apenas nas promessas.
Isso porque, mesmo com a entrada de um novo século, um mal que nos acompanha desde nossa fundação permanece vivo e cada vez mais forte: o preconceito.
Atingindo com mais força as mulheres, negros, LGBTQ+ e todos aqueles que tenham uma personalidade ou aparência distinta daquela pregada pela sociedade, o preconceito cala fundo e traz ainda mais danos em pleno século 21 do que o visto nos outros períodos por algo que está ligado em nossa sociedade: a internet.
Manifestações de preconceito online
Com o advento das redes sociais, o preconceito no século 21 ganhou uma outra dimensão, já que os atos preconceituosos saem da esfera regional e alcançam um número infindável de pessoas.
É como se, com a liberdade que a internet oferece, muitas pessoas se sentissem à vontade para criticar as pessoas, por exemplo, de uma forma quase que desumana, mas escondida sob o véu do anonimato e com a impressão de que sairão impunes, mesmo que cometam crimes.
Impressão porque, felizmente e como sabemos, os crimes virtuais têm sido punidos exemplarmente em diversas partes do mundo, pois o aparente anonimato consegue ser quebrado graças à mesma tecnologia que esconde estas pessoas.
E, quando pensamos nos afetados pelo preconceito online, as mulheres, os negros e a população LGBTQ+ são os mais afetados. Seja via postagens feitas por estas pessoas ou em montagens, o preconceito afeta fundo cada um deles.
Essas pessoas têm seus hábitos, suas vestimentas, seu modo de falar e, principalmente, sua aparência, julgados e diversas vezes ridicularizado no universo online.
É comum, aliás, vermos postagens e críticas feitas para as mulheres ativas, usam o fato de sermos mulheres para nos diminuírem.
Para estas pessoas, mulheres devem, apenas, ficar confinadas ao lar, cuidando da família, dos filhos, dos “afazeres domésticos”, sem o direito ao senso crítico, a ter uma carreira ou, pior, a decidir o que fazer com seu próprio corpo.
Usando a internet para combater o preconceito
A mesma internet que contribui para aumentar o preconceito no século 21 é uma ferramenta para educar jovens e adultos sobre o quão danosa pode ser essa prática, e como ela pode ser utilizada para ensinar ao invés de denegrir, se utilizada de maneira correta. As pessoas perdem muito tempo na vida e nem percebem que a vida poderia ser bem melhor.
As comunidades criadas via internet ajudam mulheres, negros e pessoas LGTBQ+ a se conectarem, independente do lugar em que estejam a formarem coletivos para, justamente, combater os preconceitos tão arraigados.
A rede permite que as pessoas entendam que as pessoas são diferentes. Afinal, é aprendendo com as diferenças que podemos evoluir como cidadãos.
E, na internet, formamos grupos de mulheres fortes e conscientes de seu papel e de sua capacidade de transformação. Construindo uma atuação forte e capaz, juntos somos capazes de quebrar o ciclo do preconceito no século 21, construindo assim um mundo mais igualitário.