Desde os primórdios, o feminino encanta e ao mesmo tempo assusta. Mulheres tem ocupado posições de destaque em nossa sociedade, apesar de muitas vezes serem “colocadas para escanteio” ou mesmo ofuscadas pelos homens, que não sabem lidar com seu protagonismo.
Por isso, é comum vermos tantas brigas entre as mulheres que, ao invés de se unirem para, juntas, criarem uma sociedade mais igual, nos ocupamos com questões como peso, estilo de roupa ou mesmo orientação sexual.
Para deixar essas questões “mundanas” de lado e trabalhar conceitos mais importantes para nossa evolução, como a sororidade e o apoio a outras mulheres, foi criado o poder do feminino.
O que é o poder do feminino?
A oralidade é uma característica muito comum na vida feminina. Desde pequenas, aprendemos a contar histórias, seja para nossos brinquedos na infância, para os amigos na adolescência e para os filhos e netos na vida adulta.
Essa tradição pode e deve ser utilizada para que cada mulher se conheça e conheça a outra. Os dramas da outra, suas vivências, experiências e lições. É aí que entra em cena o poder do feminino.
Por meio de um baralho pensado para que as mulheres compartilhem suas vivências, o poder do feminino busca reunir esse público em um lugar seguro, onde podem não apenas falar para entender e se aprofundar no universo feminino.
Como o debate acontece?
Por se tratar de um conjunto de baralho, o poder do feminino debate essas questões importantes para nosso crescimento através de um jogo, que conecta mulheres de todas as faixas etárias, grupos étnicos e crenças.
Na roda, são abordados assuntos como a ancestralidade, mostrando a importância de as mulheres honrarem suas raízes e se conectarem com todas aquelas que vieram antes de si
O auto cuidado é outro dos tópicos trabalhados no jogo. Aqui, a ideia não é pensar em ações de beleza, e sim em observar tudo aquilo que podemos fazer por nós mesmas para nos sentirmos bem.
Os sentimentos também têm um papel muito importante no baralho do poder do feminino. Em cada jogo, as mulheres debatem sobre suas necessidades básicas, tudo aquilo que precisam, o que ignoram ou, ainda pontos que escolhem evitar em suas vidas.
Compreender os ciclos femininos, que mudam de acordo com a evolução de nossa vida também é um tema delicado, e que é trabalhado no poder do feminino. Mas aqui nos é ensinado que cada um deles tem seu início, seu meio e seu fim, para que possamos nos preparar melhor para o avançar da vida.
A conexão com a natureza não poderia ser deixada de fora do jogo do poder do feminino. Por isso, esse assunto é trabalhado de forma que cada mulher crie uma relação íntima com sua essencial natural e selvagem, em linha com mãe-natureza.
Por fim, o poder do feminino trabalha a noção de comunidade, trabalhando para fortalecer os vínculos e as redes, desenvolvendo assim não apenas os seus desejos individuais, mas, sobretudo, os desejos coletivos, criando assim uma sociedade mais justa e igual.