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Em busca da mente

Erotismo e sexualidade feminina

A sexualidade feminina, embora tenha ganhado mais destaque nos últimos tempos, ainda é vista como um tabu por muitas mulheres, que não sabem como lidar com seus próprios desejos e tendem a reprimi-los.

Um dos pontos que mais tende a ser reprimido é o erotismo. Isso acontece porque, para algumas mulheres, ele está mais ligado aos homens, que conseguem lidar com isso de forma muito mais livre.

Além disso, muitas mulheres se sentem objetificadas em relação ao erotismo, não enxergando o quão natural e benéfico à sexualidade feminina pode ser, já que as liberta de suas amarras, dando maior liberdade ao prazer feminino.

Erotismo para mulheres

Para os homens, o erotismo está muito ligado ao corpo feminino. Traços considerados atraentes, roupas, atitudes, tudo isso desperta o erotismo e, por consequência, o desejo pelo outro.

Já para as mulheres o erotismo pode ir muito além de um corpo atraente. Algumas se sentem atraídas por atitudes, por trejeitos ou mesmo pelo conhecimento demonstrado pelo outro em uma esfera do saber.

Sim, pode parecer incomum, mas, para as mulheres, muitas vezes o erótico não está em uma roupa provocativa, em palavras picantes ou mesmo naquele comportamento mais selvagem, que foge do comum.

O erotismo, na concepção feminina, está em buscar atrair o outro de formas que fogem do comum. A arte da conquista influencia muito no erotismo feminino, razão pela qual muitas mulheres têm problemas com sua própria sexualidade.

Tabus da sexualidade feminina

 O erotismo tradicional, dos hábitos picantes, das roupas sedutoras e das palavras mais atrevidas tem espaço na vida das mulheres, mas ainda é visto como um tabu por muitas delas, que não sabem como encaixá-lo em sua vida sexual.

Em boa parte, isso acontece por causa da criação que muitas receberam, de repressão, que veem no erotismo um pecado, algo que deve ser suprimido. A mulher não pode ter uma relação natural com seu corpo. Precisa sempre reprimir seus desejos.

Felizmente, esse tipo de conceito caiu há muito tempo, e hoje a sexualidade feminina não só pode como deve se livrar desses tabus e incorporar o erotismo em seu dia a dia, como parte de sua personalidade.

Se uma mulher gosta de se vestir de forma provocante ou agir de forma atraente, não deve ser julgada como alguém que tenha menos valor do que aquela que ainda age como a sociedade espera que ela se comporte.

A sexualidade feminina precisa se libertar de todas essas amarras para vivenciar experiências livres consigo mesma. Mas, antes, é preciso que as mulheres se libertem de suas próprias amarras mentais.

Sim, porque muitas ainda se sentem reprimidas, por achar que não tem direito a sentir desejos, não porque de fato queiram, mas pelo fato das exigências e padrões estabelecidas em sua mente. O que pode se agravar e levar as doenças psíquicas.

Aliás, quando Freud escreveu o livro, Estudos sobre a Histeria (1893-1995), ele trouxe bem, a importância da sexualidade na etiologia das neuroses, e relatou diversos casos de pacientes histéricas, cujo as manifestações da doença na maioria das vezes estavam relacionado as próprias defesas, das repressões psíquicas, o que lhes causava um grande sofrimento.

A sexualidade feminina não deve ficar presa em rótulos. Toda mulher tem o direito a ser livre e saber como viver seus desejos de maneira consciente, embora ainda, não saibam disso, mais razão para que as mulheres se conheçam melhor, se permitam conhecer para viver em função de si mesmas, sem culpa.

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