A saudade é como tinta indelével, inscrita no papel da alma,
Memórias cravadas fundo, no coração onde permanecem sem calma.
É o ar que respiro, vital e incessante,
Sem lembrar do teu olhar, eu pereço, desesperante.
Viver sem te esquecer é como respirar –
Um impulso para manter as fantasias, mesmo ao naufragar.
Sabendo que esses sonhos são agora inatingíveis,
Ainda assim, são eles que tornam a dor da saudade tão crível.
As memórias são manchas que o tempo tenta desvanecer,
Mas com tinta permanente, elas resistem, recusam-se a ceder.
Como a marca de uma caneta, você gravou sua presença,
Deixando seu selo no meu coração, uma eterna essência.
Psicanalista Psicóloga
- Fabiana Villela