Atualmente, sempre que lemos um jornal, uma revista ou ligamos a TV ouvimos falar em crise na economia. Relatos sombrios de tempos difíceis que se avizinham. Mas, será mesmo? O que esta expressão quer dizer?
Para explicarmos um pouco do que se trata, preparamos um texto com tudo o que você precisa saber sobre esse assunto. Confira.
O que é a crise na economia?
A pandemia provocada pelo novo coronavírus não apenas trancou todo mundo dentro de casa, e nos manteve longe de nossos amigos e parentes. Ela provocou uma crise na economia sem precedentes.
A crise é nada mais do que um período em que a economia de um país perde força. Ou seja, suas atividades como a produção, geração de empregos ou mesmo o consumo, perdem força. Esse enfraquecimento é medido pelo PIB, o produto interno bruto, que expressa a soma dos produtos e serviços finais produzidos pelas empresas.
Quando o PIB cai de um período para o outro, esse país empobrece. Ou seja, ele entrou em crise. O PIB é muito importante porque ele mostra, por exemplo, como está o consumo das famílias, os gastos dos governos, os investimentos feitos por empresas, por exemplo. Tudo isso mostra como um país está se comportando.
Características da crise na economia
A crise na economia é um evento complexo e que, para ser compreendido, é necessário que analisemos também sua duração. Afinal de contas, quanto mais duradoura, mais danosa é para um país.
Por isso, é preciso compreender dois termos muito associados a crises: a recessão e a depressão.
Na recessão, por exemplo, a economia do país cai como um todo. Ela é identificada quando o PIB daquela nação cai por dois trimestres seguidos, mesmo que com pouca intensidade.
Já a depressão é quando a recessão dura por um período maior do que dois anos e tem forte intensidade, afetando a geração de empregos e, por consequência, a renda das famílias.
Quais as consequências de uma crise na economia?
A crise na economia afeta a sociedade como um todo, desequilibrando todo o desenvolvimento do país. Por exemplo, em períodos de crise há o aumento do desemprego, com as empresas demitindo ou mesmo deixando de contratar mão de obra, ainda que temporária.
Por consequência, com as empresas e as pessoas gastando menos, o governo arrecada menos impostos, impactando diretamente na execução de obras e até mesmo no pagamento de salários e aposentadorias.
Para manter a máquina funcionando, o governo precisa pegar dinheiro emprestado (assim como uma pessoa, que recorre a empréstimos quando precisa pagar uma dívida e não tem dinheiro). Com isso, o país vai se endividando cada vez mais.
Esse fator acaba provocando a depreciação da moeda oficial. Pensemos no real, por exemplo. Quando a crise se agrava, ele acaba valendo muito menos do que o dólar, impactando ainda mais a economia.
O cenário de crise leva também à falência das empresas, que não conseguem manter suas atividades, agravando ainda mais a situação. Além disso, há o aumento na taxa de juros para todos, mas em especial para os mais pobres, que não tem condições de pleitear o crédito mais barato.
Com isso, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza dispara. Em uma crise vemos também, a inflação, que corrói o poder de compra elevando o endividamento das famílias e as necessidades no contexto geral.