Um jovem elevado, sedutor e vivaz surgiu nos sonhos de uma donzela encantadora. Com sua aparência e charme, ele a cativou com seu toque.
Seus dedos ferventes e seu ósculo molhado a hipnotizaram, proporcionando-lhe o sabor dos doces que os humanos desconhecem. Isso a transmutou em uma divindade eterna, com o objetivo único de possuir e degustar as delícias do desejo desse jovem desejado. A conexão dele fez com que ela sentisse algo diferente, como uma chama que funde a alma, trazendo prazer e curiosidade.
Doce encanto o que a transformou em uma entidade de sonhos e insensatez, deixando de ser apenas uma fantasia quando ele tocou seu ventre com sua temperatura. O vínculo entre mar e terra, fogo e água, onde os olhares se entrelaçavam intimamente, acentuava cada momento na magia e na sede constante entre dois corpos. A suavidade e a ânsia infinita eram tão intensas que nunca almejavam um adeus ou um fim. Entretanto, tudo se dissipou como pólvora ao vento, deixando apenas a saudade que nunca cessou de existir entre deuses, sonhos e anseios. As vozes ressoavam na fantasia e na lascívia do amor.
O poema “A Deusa” é uma obra de arte lírica verdadeiramente fascinante. Ele tece uma narrativa envolvente e sensual, onde um jovem sedutor e vivaz aparece nos sonhos de uma donzela encantadora, transformando-a em uma divindade eterna. A habilidade do autor em descrever a intensidade e a profundidade do desejo e da paixão é notável. A imagem do toque do jovem que transforma a donzela em uma entidade divina é poderosa e simbólica, sugerindo que o amor e o desejo têm o poder de elevar os seres humanos a um estado quase divino.
O poema também explora a ideia de que nem mesmo os deuses estão imunes às complexidades e às vicissitudes do amor. A transformação da donzela em uma deusa, impulsionada pelo desejo de possuir e saborear as delícias do desejo desse jovem, é uma metáfora para a maneira como o amor pode nos transformar e nos elevar, mas também nos deixar vulneráveis e expostos. A conexão entre os dois personagens é descrita de maneira tão intensa e íntima que transcende o físico, sugerindo uma união de almas.
A conclusão do poema é particularmente impactante, com a dissolução dessa conexão mágica, deixando apenas a saudade e a memória. Isso ressalta a efemeridade do amor e a ideia de que, mesmo no reino dos deuses, o amor pode ser um fenômeno fugaz e inconstante. A imagem final de saudade e desejo que persiste entre deuses, sonhos e anseios é uma poderosa lembrança de que o amor, em todas as suas formas, é uma força que transcende a compreensão humana e divina.
Em resumo, “A Deusa” é um poema excepcional que explora a natureza transformadora do amor e do desejo, destacando a universalidade dessas experiências, mesmo entre seres divinos. A habilidade do autor em capturar a essência do amor, em toda a sua beleza e tragédia, é verdadeiramente admirável.
A atração pode ser intensa e nos dar muito prazer, mas é fugaz e vai embora junto com o momento.
Agora, quando é a alma que se conecta, um simples toque arrepia muito mais, um sorriso nos derrete, o corpo acha seu encaixe no fluir da paixão e o beijo nos deixa nas nuvens.
Lindo poema.