As representações inconscientes do mecanismo psíquico ressaltam por meio dos fenômenos de neurose, a depressão. No Período de gravidez a mulher encontra-se suscetível a sua própria fragilidade feminina, hormônios e sensações de intensidade aumentada, o que parece difícil a ser compreendido por muitos, especialmente aqueles que deveriam ter um olhar mais acolhedor, na saúde por exemplo.
Freud em seu livro Estudos da Histeria amplamente traz o importante fenômeno dos sintomas que acontece no processo somáticos que privam a consciência inteiramente provocada pela perturbação emocional, ocasionando então a disruptura entre o real e o imaginário.
Em função disso ocorre o sofrimento psíquico consequência da própria desconexão independente. A depressão causa culpa, ansiedade e melancolia.
A insatisfação pessoal é provocada pela expectativa que gera sofrimento de punição.
A energia/libido fica presa dentro do mecanismo de defesa o que impossibilita a pessoa viver o que seria parte de si mesma.
Experiências que são vivenciadas de maneira inconsciente, mas que se manifestam através da vida em vigília. O inconsciente se coloca em contato, sentimentos viscerais que provocam o sofrimento, que por vezes estavam recônditos, mas devido o gatilho eliciado se apresenta o sofrimento no psiquismo.
A depressão pós-parto é um sintoma psicossomático, sofrimento que se manifesta de forma pré consciente.
Em geral quando a intensidade de uma representação aumenta ela penetra no pré consciente, mas que não vem a consciência de fato.
Só quando sua intensidade é leve é que ela permanece inconsciente.
Nesse caso, é importante passar pelo processo de análise, se reconhecer e encontrar parte de si mesmo até a sua própria individualização.
Depressão blues puerperal
Muitas mulheres ao terem seus bebês passam pelo processo doloroso que é o blues puerperal, sintomas de depressão que duram poucas semanas. Isso acontece devido as mudanças bruscas no corpo da mulher relacionado aos hormônios, e também toda mudança de vida. Período que é necessário estar atento para os sintomas de tristeza e melancolia.
A responsabilidade de cuidar do bebê pode mexer com o psicológico da mulher ocasionando o blues puerperal, dentre outros fatores como; problemas financeiros, rejeição, conflitos familiares.
A mulher percebe alguns sintomas durante esse período, mas a grande maioria não procura ajuda acreditando que irá passar logo, o que pode se complicar. Quando não se dá atenção primária, nas primeiras intercorrências, é perigoso. O blues puerperal em alguns casos específicos pode levar mais tempo o tratamento, quando se agrava os sintomas para depressão, ocasionando problemas e riscos a saúde da mulher e do bebê.
Por essa razão é necessário cuidar do período de resguardo. A atenção primária durante esse período faz toda diferença no cuidado preventivo da saúde. É importante ter alguém por perto que possa auxiliar na direção certa do cuidado e atenção.