A prostituição feminina é, sem dúvida, um tema que causa enorme polêmica, que não pode ser silenciado e deve ser debatido para que seja mais bem compreendido.
Uma das profissões mais antigas da humanidade, a prostituição feminina ainda é motivo de estigma para muitas das mulheres que optam por esse caminho para ganhar a vida, que por sinal trás muito sofrimento psíquico.
As razões pelas quais as mulheres optam por esse caminho, são as mais diversos. Desde aquelas que enxergam na prostituição feminina um jeito rápido de ganhar dinheiro como quem tem essa profissão como única alternativa para sustentar a família, seja porque sua escolaridade é baixa ou porque precisam desse dinheiro para bancar o próprio vício em substâncias químicas.
Estigma
Conforme falamos, a prostituição feminina é cercada por enormes estigmas, o que causa um grande sofrimento àquelas que trilham esse caminho. Uma prostituta é vista sempre como alguém inferior, que sabe apenas usar o corpo para ganhar dinheiro, que nada tem de bom a oferecer, ainda que essa mulher seja provedora do sustento familiar.
Por causa desse estigma, muitas das que buscam a prostituição feminina como forma de ganhar a vida acabam sendo agredidas fisicamente, ludibriadas, e feridas de diferentes formas.
A prostituição feminina é cercada pelo desrespeito. Homens ou mesmo outras mulheres enxergam as profissionais do sexo como alguém inferior, com quem não se deve manter contato, e que existem apenas para destruir as famílias “tradicionais”. Quando na verdade, ninguém destrói uma base sólida, certo?
Mas, o que muitas não sabem é que muitas vezes aquelas que escolhem a prostituição feminina como forma de sustento também possuem uma família neste molde, e lutam para esconder sua verdadeira profissão, o que acaba sendo mais um sofrimento.
Mentiras
Por não serem aceitas pela família ou parceiros, é grande o número de mulheres que mentem sobre a forma com que ganham dinheiro, muitas vezes nem elas mesmas aceitam, e vivem no automático. E não estamos falando apenas daquelas que costumam trabalhar nas ruas.
Há um mercado luxuoso de acompanhantes que recebem altas quantias para atenderem aos desejos de homens com recursos, e atendem aos clientes em seus apartamentos ou mesmo clubes de alto padrão, de forma bastante discreta.
Sejam as acompanhantes de luxo ou as garotas de programa das esquinas do centro ou de áreas mais afastadas, todas lidam com o sofrimento. Um vício de vida que é estigmatizado pela sociedade até por elas mesmas.
Por isso, é comum inventarem carreiras para justificar os ganhos, sem despertar suspeitas.
Lidar com uma vida dupla é altamente desgastante, sobretudo emocionalmente, a pessoa não consegue ser ela mesma, vive dissociada do seu próprio eu, cria uma persona para dar conta do que muitas vezes não são, é a única forma que encontraram para poder conciliar os dois mundos, mas a dificuldade é que sempre entram em confronto entre a persona e realidade do que gostariam de viver, podendo ser elas mesmas, é uma luta constante de sofrimento e angústia, por essa razão muitas mulheres fazem uso de álcool e drogas.
Violência
Como se não bastassem os estigmas e a necessidade de esconder a profissão, as mulheres que caem na prostituição feminina costumam sofrer com a violência, seja ela física ou verbal.
Clientes abusivos, que tem prazer em agredir as mulheres por considerá-las sem valor, ou mesmo a violência proferida através de palavras ou ações de familiares e amigos costumam ter efeitos devastadores sobre elas o que muitas vezes por falta de autoconhecimento caem nas drogas, o que faz ser ainda mais doloroso e muito solitário.
O caminho de amparo é buscar por autoconhecimento e mudança de vida para o bem-estar emocional, e liberdade sobre si mesma caso desejem.