Melanie Klein trouxe a compreensão de que a criança é antes de tudo uma experiência do fruto das vivências adquiridas através da própria subjetividade ainda no ventre de sua mãe.
Natureza essa, que influenciará as futuras experiências de vida desse indivíduo.
Portanto as fases da infância são importantes para que se possa compreender toda vivência na medida em que a criança se desenvolve.
Melanie Klein, sucessora de Freud em psicanálise, permitiu um novo olhar sobre a vida da criança.
Vida essa que já pertence a uma íntegra subjetividade, considerando que no ventre isso já esta ocorrendo, portanto, tudo aquilo em que é nutrido a partir do que acontece nas experiências da vida da própria mãe.
O bebê recém-nascido é de inteira relação com tudo que acorre ao meio que o cerca, maneira que lhe fará compreender a vida subjetiva, como sendo bom ou mau.
A partir da vivência com a mãe, objeto de maior importância na vida subjetiva da criança, sentimentos que lhe farão caminhar na vida satisfatória e com ego fortalecido (self e personalidade de vida pulsional). O contrário disto, seriam impulsos instintivos sob-controle da repressão sofrida pelo “objeto mau” na subjetividade ainda muito precoce desse bebê.
Período em que a criança introduz para si as fantasias, que se tornam projeções já na primeira infância.
O objeto como sendo bom ou mau é introjetado no Self. Estrutura que se organiza ainda nos primeiros meses de vida, segundo Klein.
A fantasia inconsciente ataca o ego provocando a desorganização mental e angustia persecutória que a criança vive no decorrer da sua própria história de vida.
É sobre algo que ele nunca poderá ter, mas, que introjetou em si, e que de certa forma é percebido no outro.
Tudo inconsciente, de efeito muito perturbador. Uma intensa dificuldade de lidar com as angústias e o sentimento de culpa intensa, e a falta de limite que foi instalado no self (eu) ainda muito prematuro.
Essa criança, que não se sentiu segura, projeta hoje no mundo essa incapacidade de lidar com os próprios sentimentos (emoções), ela acaba carregando muito esse ressentimento.
Uma incapacidade de produzir no mundo. A falta de algo que lhe pertence e que não foi assimilado, pela ausência de amor que toda subjetividade não compreendeu. Algo que está no outro, que deveria ser seu. Todo resultado está no mundo, e no outro.
O bebê por meio do superego ainda nos primeiros meses faz a associação de todo este conflito entre a compreensão daquilo que é introjetado no self. A culpa, e o não merecimento de uma evolução normal que vira patológico no bebê.
Portanto é importante o desenvolvimento do caráter para melhorar o estilo de vida em sociedade.
No momento em que se compreende a vida e a subjetividade possibilita algo bom dentro de si.
Portanto, vive-se melhor a partir da analise de tudo que não foi administrado bem no inconsciente.
O papel do analista é contribuir para que a pessoa encontre em si as respostas que possa fazer ressignificar suas dores, contribuindo assim para melhoria da qualidade de vida.
A leitura desse artigo possibilita uma viagem à infância, ao mesmo tempo desperta para a importância de uma análise desse período para entendermos um pouco de nós atualmente! Schow! Gostei muito!